quarta-feira, novembro 24, 2004

Untitled - Tal Leve Pena Apenas

Tal pérolas guitarras me derreto,
Quando na minha mente eu te ponho.
Quando me deito, eu me verto
Sobre tua figura num belo sonho.

Deslizo, livre, solto
Por teus cabelos de espirais pintadas,
Tal crianças por um escorrega alto
Voando, sorrindo, apaixonadas.

Pelo ar salto, sou atirado,
Mas medo não sinto, caio relaxado
Em tuas mãos, como leve pena soprado;
Adormeço, e sonho, embalado.

Mas acordo, exaltado, para te ver:
Para leve pena apenas, deixar de ser;
Mas não te vejo, procuro-te, até mais não poder,
E deixo-me derreter, para sonhar, e voltar a adormecer.

domingo, novembro 21, 2004

Untitled - Anjos Negros, Asas Brancas

Que escrever?
Não sei o que dizer...
As palavras entupidas
Comprimem-se,
Expelem de mim
Pressurizadas frases inconstruidas.
Não sei de que falar;
Não sei em que pensar;
Sinto. Mas não sei interpretar
As palavras que cá dentro flutuam
À deriva, ao som das ondas de minha vida.
Rumam, sem Sol, nem rota definida.

O escuro molda-se:
Personifica-se em almas,
E me cercam.
Em volta vejo apenas
Invisíveis vultos negros desconhecidos,
De puras asas brancas munidos,
E se contorcem... Se esticam...
Me apertam...
E nadam.

As luminosas barbatanas nos levitam:
Me libertam.
Por um tunel de cores não visíveis
Voamos...
E os escuros anjos de iluminam:
São negros, acesos de sombra, sua luz.
Palavras sussurram... me brilham...
Que olhe em frente, para tua figura
Que me seduz;
Para o teu sorriso, para o teu olhar...
E para a paixão que em ti pus.

sábado, novembro 06, 2004

Untitled - Conjunção

Vénus és,
E Júpiter sou eu:
Junto de ti,
Brilhando no escuro céu.